Em março, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 12 capitais, segundo os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As reduções mais expressivas ocorreram em Salvador (-4,07%), Recife (-3,82%) e Belém (-3,24%). As maiores taxas positivas foram registradas nas cidades de Campo Grande (2,60%) e Curitiba (2,22%).
A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 441,19),
seguida por São Paulo (R$ 437,84), Porto Alegre (R$ 434,70) e Florianópolis (R$
426,79)1. Os menores valores médios foram
observados em Salvador (R$ 322,88) e Aracaju (R$ 339,77).
Em 12 meses, entre março de 2017 e 2018, os preços médios
da cesta caíram em 16 cidades, com destaque para Salvador (-7,66%), Goiânia
(-7,18%) e Belém (-6,89%). As altas foram registradas em quatro capitais. As
mais expressivas ocorreram em Curitiba (3,11%) e Rio de Janeiro (2,29%). No
primeiro trimestre deste ano, 18 municípios pesquisados acumularam aumento, com
destaque para Curitiba (7,12%), Vitória (6,59%) e Brasília (6,54%). As reduções
aconteceram em Goiânia e Aracaju, com taxas iguais de -0,07%.
Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a do Rio
de Janeiro, e levando em consideração a determinação constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de
um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima
mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em março de 2018, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria
equivaler a R$ 3.706,44 ou 3,89 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00.
Em fevereiro, o salário mínimo era de R$ 3.682,67, ou 3,86 vezes o piso mínimo.
Em março de 2017, o mínimo necessário foi estimado em R$ 3.673,09, ou 3,92
vezes o piso mínimo de R$ 937,00.
Cesta básica x
salário mínimo
Em março de 2018, o tempo médio necessário para adquirir
os produtos da cesta básica foi de 88 horas e 07 minutos. Em fevereiro de 2018,
a jornada necessária ficou em 88 horas e 38 minutos. Em março de 2017, o tempo
era de 90 horas e 33 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo
líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se
que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em março, 43,54%
para adquirir os mesmos produtos que, em fevereiro, demandavam 43,79% e, em
março de 2017, 44,74%.
DIEESE
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