Em maio, o valor do
conjunto de alimentos essenciais aumentou em 18 capitais, segundo os dados da
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
As altas mais
expressivas foram registradas em Campo Grande (5,22%), Florianópolis (3,49%),
João Pessoa (3,17%) e Fortaleza (3,12%). As reduções ocorreram em Manaus
(-0,82%) e Belo Horizonte (-0,39%).
A cesta mais cara foi a do
Rio de Janeiro (R$ 446,03), seguida por Florianópolis (R$ 441,62), São Paulo
(R$ 441,16) e Porto Alegre (R$ 437,73)1. Os menores valores médios foram
observados em Salvador (R$ 327,56) e Recife (R$ 336,36).
Em 12 meses, entre maio de
2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em quase todas as cidades, com
destaque para Recife (-11,34%), João Pessoa (-9,74%) e Belém (-8,74%). As altas
foram registradas em Campo Grande (0,77%) e no Rio de Janeiro (0,78%).
Nos
cinco primeiros meses de 2018, todas as capitais mostraram aumento acumulado,
com variações entre 1,27%, em Recife, e 8,70%, em Campo Grande.
Com base na cesta mais
cara, que, em maio, foi a do Rio de Janeiro, e levando em consideração a
determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser
suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com
alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em maio de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família
de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário
mínimo nacional, de R$ 954,00.
Em abril, tinha sido estimado em R$ 3.696,95, ou
3,88 vezes o piso mínimo do país. Em maio de 2017, o mínimo necessário era
equivalente a R$ 3. 869,92, ou 4,13 vezes o salário mínimo nacional daquele
ano, correspondente a R$ 937,00.
Cesta básica x salário mínimo
Em maio de 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 88 horas e 34 minutos. Em abril de 2018, a jornada necessária ficou em 87 horas e 21 minutos. Em maio de 2017, o tempo necessário era de 92 horas e 43 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em maio, 43,75% do salário mínimo líquido para adquirir os mesmos produtos que, em abril, demandavam 43,16% e, em maio de 2017, 45,81%.
Pesquisa Nacional da Cesta Básica
de Alimentos Custo e variação da cesta
básica em 20 capitais
Brasil - maio de 2018 Capital
Valor da cesta
|
Variação mensal (%)
|
Porcentagem do Salário Mínimo
Líquido
|
Tempo de trabalho
|
Variação no ano (%)
|
Variação em 12 meses (%)
|
|
R de Janeiro
|
446,03
|
1,36
|
50,82
|
102h52m
|
6,52
|
0,78
|
Florianópolis
|
441,62
|
3,49
|
50,32
|
101h50m
|
5,50
|
-1,10
|
São Paulo
|
441,16
|
1,46
|
50,26
|
101h44m
|
3,96
|
-3,87
|
Porto Alegre
|
437,73
|
1,73
|
49,87
|
100h56m
|
2,58
|
-4,98
|
Vitória
|
409,95
|
0,04
|
46,71
|
94h32m
|
6,43
|
-2,86
|
Brasília
|
404,65
|
0,58
|
46,10
|
93h19m
|
6,55
|
-4,23
|
C. Grande
|
398,14
|
5,22
|
45,36
|
91h49m
|
8,70
|
0,77
|
Curitiba
|
397,17
|
0,79
|
45,25
|
91h35m
|
5,93
|
-1,57
|
Cuiabá
|
395,49
|
1,00
|
45,06
|
91h12m
|
4,99
|
-1,75
|
Fortaleza
|
390,79
|
3,12
|
44,53
|
90h07m
|
6,35
|
-3,39
|
B. Horizonte
|
375,11
|
-0,39
|
42,74
|
86h30m
|
3,73
|
-3,97
|
Belém
|
367,56
|
0,37
|
41,88
|
84h46m
|
3,05
|
-8,74
|
Goiânia
|
366,65
|
0,23
|
41,77
|
84h33m
|
1,65
|
-6,64
|
Manaus
|
357,71
|
-0,82
|
40,76
|
82h29m
|
2,95
|
-4,59
|
São Luís
|
349,98
|
1,35
|
39,88
|
80h43m
|
4,74
|
-4,06
|
Aracaju
|
349,29
|
2,02
|
39,80
|
80h33m
|
2,73
|
-5,85
|
João Pessoa
|
346,42
|
3,17
|
39,47
|
79h53m
|
5,13
|
-9,74
|
Natal
|
341,18
|
1,04
|
38,87
|
78h41m
|
3,02
|
-6,52
|
Recife
|
336,36
|
0,98
|
38,32
|
77h34m
|
1,27
|
-11,34
|
Salvador
|
327,56
|
0,66
|
37,32
|
75h32m
|
3,45
|
-6,76
|
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